quarta-feira, 27 de maio de 2009


Há o conhecimento científico e misterioso para alguns, poucos, e há o conhecimento por transmissão oral em que todos, há muitas gerações repetem afirmações.
"Os homens e os cavalos é difícil acertá-los."

Estou há dois dias a trabalhar no centro de fisioterapia e parece um disco riscado:
-não presto para nada, (interpreto: não presto para alguém gostar de mim, estou só)
-quem me dera há vinte anos atrás, (tinha tanta coisa para fazer que não tinha tempo para sentir a falta de amor que tive durante toda a vida),
-trabalhei tanto (carrego toneladas de trabalho em cima e não ganhei nada com isso, só dores, só tristezas,
- tanta coisa na vida, e para quê?

E as pessoas vivem com este pensamento na cabeça o dia inteiro, as semanas e os anos.
Corpos muito deformados, peles muito desgastadas pelo tempo, desleixo na higiéne, etc.
Desânimo e muito agradecimento por um carinho tão curto que damos. Aquilo é sempre a despachar, porque o estado paga mal e a clínica tem que render qualquer coisita, é o espírito.
É a grande diferença entre as pessoas estimuladas para o conhecimento e as não estimuladas, para não conhecerem, não divagarem, não terem opinião própria, viverem do que aprenderam na práctica e não terem idéias diferentes, máquinas de reprodução. Peças da grande engrenagem, que meia dúzia dirige neste mundo.
Por isso é que querem difamar, censurar, cortar o acesso à internet, o centro de conhecimento mais democrático que o mundo conseguiu deenvolver.
Mais uma vez falo do Sócrates e isto é também idéia da minha mãe.
A gente ouve esses dirigentes sindicais, professores, etc, que têm filhos e têm a possibilidade de ter computador.
O Sócrates lembrou-se de facilitar o acesso à tecnologia a todos. E o que todos fazem porque ouvem dizer? Criticam de todas as formas e feitíos.
Não é perfeito. Nada é perfeito. Mas é uma tentativa.
Eu costumo pensar, muito para mim: é dar pérolas a porcos, sem ofensa para quem não consegue ir mais além.

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