A verdade do poeta
É de sonho que se tece
A verdade do poeta
E a poesia acontece
Quando o poeta se esquece
De acordar na hora certa
Com o corpo adormecido
E a alma bem desperta
A vida faz mais sentido
E murmura ao ouvi
Do sonho a palavra certa
E depois é só trocar
Por palavras sentimentos
E as emoções enganar
E fazê-las confessar
Os verdadeiros intentos
Sonhar é fazer sorrir
A lágrima mais dolorosa
E os pesadelos, despir
Para depois vestir
De mil sonhos cor-de-rosa
É fazer o Sol brilhar
Na noite mais tenebrosa
Pôr a tristeza a cantar
E devolver ao olhar
Aquela luz preciosa
É roubar ao pôr-do-sol
Um raio de luz derradeiro
E fazer dele um farol
Que ilumine o mundo inteiro
João Mendonça
De:
“O coração tem três portas”
Dulce Pontes
segunda-feira, 19 de março de 2007
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