quinta-feira, 30 de junho de 2011

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 rico mangerico
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

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.é muito normal nós andarmos sempre com a cabeça no ar.
O Céu começa logo assim que acaba a Terra e a única superfície do nosso corpo que está em contacto com ela é a das plantas dos nossos pés. Assim, quase todo o nosso corpo está no céu.
E o Homem e a sua vontade de se elevar...
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terça-feira, 28 de junho de 2011

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já "olhaste" os teus rins hoje e lhes ofereceste um sorriso?
experimenta imaginá-los no teu corpo nas suas funções e oferece-lhes o teu sorriso.
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quinta-feira, 23 de junho de 2011

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.existe a flor e tudo o que se pode desenvolver a partir dela:
o que se vê, o que se sente, o que se pensa, tudo o que se pode dizer e fazer com ela...


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quarta-feira, 22 de junho de 2011

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terça-feira, 21 de junho de 2011

MOV07081




VERÃO

segunda-feira, 20 de junho de 2011

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domingo, 19 de junho de 2011

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"(...)
Siddartha esforçou-se por escutar melhor. a imagem de seu pai, a sua própria imagem, a imagem do filho, fluíram em conjunto, também a imagem de Kamala surgiu e passou, a imagem de Govinda e outras imagens, todas elas passaram juntas, tornaram-se parte do rio, aspirando como o rio ao seu objectivo, ansiando, cobiçando, sofrendo, e a voz do rio soava cheia de nostalgia, cheia de uma dor ardente, cheia de um desejo inquieto. O rio aspirava ao seu objectivo, Siddartha via-o apressar-se, via o rio que o incluía a ele e aos seus e a todas as pessoas que ele já conhecera, todas as ondas e toda a a água se apressavam, sofriam, em direcção ao a objectivo, a muitos objectivos, à queda de água, ao lago, aos rápidos, ao mar e todos os objectivos eram alcançados e a todos eles se seguia um novo objectivo, a água transformava-se em vapor que subia ao céu, o vapor em chuva que caía do céu tornava-se fonte, tornava-se ribeiro, tornava-se rio, ansiava pelo que era novo, corria em direcção ao que era novo. Mas a voz ansiosa tinha-se transformado. Ouvia-se ainda, dolorosa, à procura, mas outras vozes acompanhavam-na, vozes da alegria e do sofrimento, vozes boas e más, sorridentes e lamentosas, centenas de vozes, milhares de vozes.
Siddartha escutou. Era agora todo atenção, todo mergulhado no escutar, totalmente vazio, impregnando-se por completo; sentiu que aprendera agora a escutar até ao fim. Muitas vezes já escutara tudo isto, as muitas vozes do rio, mas hoje elas tinham um som diferente. Já não era capaz de distinguir muitas vozes, as alegres das chorosas, as infantis das adultas, estavam todas juntas, lamento da saudade e sorriso do sábio, grito de ira e gemido de moribundo, tudo era uno, tudo estava interligado e combinado, enlaçado de mil maneiras diversas. E tudo junto, todas as vozes, todos os objectivos toda a nostalgia, todo o sofrimento, todo o prazer, tudo o que é bom ou mau, tudo junto era o mundo. Tudo junto era o fluxo dos acontecimentos, era a música da vida. E quando Siddartha escutava com atenção este rio, esta canção a mil vozes, quando não escutava apenas o lamento ou o sorriso, quando a sua alma não se prendia a apenas uma voz e entrava nela com o seu Eu, mas antes de tudo escutava a totalidade, quando acolhia a unidade, então a grande canção a mil vozes consistia apenas numa única palavra, chamada Om: a perfeição.
- Ouves?(...)"

in "Siddartha" de Herman Hesse
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quinta-feira, 16 de junho de 2011

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terça-feira, 14 de junho de 2011

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quem disse que o pólen é amarelo...
Qual capricho da Natureza que pinta assim estas flores!








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VVVvvvvvvVVVUUUUUUUUUUUuu UUUUUUuuuuuuuuuUUUUVVVVvuuu  vvVVVVVUUUUU

vento na fresta da janela
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segunda-feira, 13 de junho de 2011

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"Siddartha reflectia, caminhando lentamente.Compreendeu que já não era um jovem, mas um homem. Compreendeu que algo o tinha abandonado, da mesma maneira que a cobra abandona a sua pele velha, que já não estava nele algo que o tinha acompanhado toda a sua juventude e que lhe tinha pertencido: o desejo de ter mestres e de escutar doutrinas. O último mestre que tinha surgido no seu caminho, também a ele, o maior e mais sábio dos mestres, o mais santo, o Buda, tinha-o deixado, fora obrigado a separar-se dele, não pudera aceitar os seus ensinamentos.
Avançou reflectindo, cada vez mais devagar e perguntou a si mesmo: « Mas que era isso que querias aprender com doutrinas e com mestres e que eles, que tanto te ensinaram, não te podiam ensinar?» E compreendeu: «Era o Eu, cujo sentido e natureza eu queria conhecer. Era o Eu, de que eu queria libertar-me, que eu queria vencer. Mas não fui capaz de o vencer, apenas de o enganar, de fugir dele, esconder-me dele.. Na verdade, nada no mundo ocupou tanto os meus pensamentos como este Eu, este enigma, o facto de eu estar vivo, de existir separado e isolado dos outros, de ser Siddartha! E sobre nada no mundo sei tão pouco como sobre mim próprio, sobre Siddartha!»
O homem pensativo que avançava devagar, parou, presa destas ideias, e imediatamente uma outra ideia surgiu delas, uma ideia nova, que o fez exclamar: « O facto de nada saber acerca de mim, de Siddartha continuar a ser tão estranho e desconhecido de mim mesmo, tem uma causa, uma única: eu tinha medo de mim, estava a fugir de mim! Procurava Atman, procurava Braman, estava disposto a fragmentar o meu Eu para descobrir nas suas profundezas desconhecidas o cerne de todas as coisas, Atman, a vida, o divino, o último. Mas, desta maneira perdi-me de mim mesmo.»
Siddartha abriu os olhos e olhou em redor, um sorriso iluminou o seu rosto e um profundo sentimento de despertar de um longo sonho percorreu todo o seu corpo. E recomeçou imediatamente a andar, a andar com ligeireza, como um homem que sabe o que tem a fazer.
«Ah - pensou ele, respirando fundo -, não quero que Siddartha me volte a escapar! Não quero voltar a iniciar os meus pensamentos e a minha vida com Atman e com o sofrimento do mundo. Não quero voltar a matar-me e a fragmentar-me, para encontrar um segredo escondido entre destroços. Não quero aprender mais Yoga-Veda, ou Atharva-Veda, ou os ascetas, ou qualquer outra doutrina. Quero aprender comigo mesmo, quero seu o meu aluno, quero conhecer-me, conhecer esse segredo chamado Siddartha».
Olhou em redor, como se visse o mundo pela primeira vez. O mundo era belo, o mundo era colorido, o mundo era estranho e misterioso! Isto era azul, isto era amarelo, isto era verde, corria o céu e o rio, a floresta e a montanha erguiam-se, tudo belo, tudo enigmático e mágico, e no seu meio ele, Siddartha, o Despertado, a caminho de si mesmo. Tudo isto, todo este amarelo e azul, rio e floresta, entrava pela primeira vez nos olhos de Siddartha, já não era magia de Mara, já não era o véu de Maja, já não era a multiplicidade absurda e acidental do mundo das aparências, desprezível aos olhos dos profundos pensadores brâmanes, que rejeitam a multiplicidade e procuram a unidade. O azul era azul, o rio era o rio e quando o uno e divino em Siddartha viviam ocultos no azul e no rio, essa era justamente a forma e o espírito divino de ser aqui amarelo, aqui azul, além céu, além floresta e aqui Siddartha. O espírito e o ser não estavam algures pro detrás das coisas, estavam nelas, em todas elas.
«Como fui cego e tolo!» - pensou o andarilho apressado. «Quando alguém quer determinar o sentido de algo que lê, não despreza os sinais ou letras chamando-lhes engano, acaso e casca inútil, mas lê, estuda e ama-o, letra por letra. Mas eu, que queria ler o Livro do Mundo e o Livro do meu próprio ser, desprezei as letras e os sinais devido a um sentido preconcebido, chamei engano ao mundo das aparências, chamei aparência casual e inútil aos meus olhos e à minha língua. Não, isso já é passado, eu despertei, na verdade despertei e nasci hoje pela primeira vez».
Enquanto pensava estas coisas, Siddartha estancou novamente, subitamente, como se uma cobra se tivesse atravessado no seu caminho.
Subitamente também também isto se tornou claro para ele: ele, que na realidade era como um homem acabado de despertar ou de nascer, devia recomeçar a sua vida. Ao deixar, nessa mesma manhã, o bosque de Jetavana, o bosque daquele ser sublime, já despertado, já a caminho de si mesmo, era o seu objectivo natural regressar ao seu lar para junto do seu pai, depois de anos de ascetismo. Mas só agora, neste momento em que estancou como se uma cobra se tivesse atravessado no seu caminho, havia despertado para esta ideia: «Já não sou o mesmo que era, já não sou asceta, já não sou sacerdote, já não sou brâmane. O que vou eu fazer a casa do meu pai? Estudar? Fazer sacrifícios? Meditar? Tudo isso já é passado, tudo isso já não está no meu caminho».
Siddartha permaneceu de pé; durante um instante, durante um suspiro, o seu coração gelou, sentiu-o gelar no seu peito como um pequeno animal, um pássaro ou uma lebre, ao ver quão sozinho estava. Durante anos não tivera lar e não o sentira. Só agora o sentia. Sempre, mesmo durante a meditação mais distante, fora filho de seu pai, fora brâmane, de alta condição, um erudito. Agora era apenas Siddartha, o despertado, e nada mais. Respirou fundo e pro um instante sentiu frio e arrepiou-se. Ninguém estava tão sozinho como ele. Não era um nobre que pertencia à nobreza ou um artesão que pertencia a um grupo de artesãos e entre eles encontrava abrigo, partilhava a sua vida, falava a sua língua. Não era brâmane, que se contava entre os brâmanes e com eles vivia, não era um asceta que encontrava abrigo na condição dos samanas, nem o mais isolado dos eremitas era único e solitário, também ele pertencia a uma condição, que era a pátria. Govinda tornara-se monge e milhares de outros monges eram seus irmãos, vestiam-se como ele, tinham as mesmas crenças, falavam a sua língua. Mas ele, Siddartha, onde pertencia? Que vida poderia partilhar? Que língua poderia falar?
A partir desse instante, em que o mundo em seu redor se desvaneceu, em que ele se erguia solitário como uma estrela no céu, a partir desse momento um frieza e um desalento cobriu Siddartha, deixou-o mais Eu do que antes, mais concentrado. Sentiu: este fora o último espasmo do seu despertar, a última convulsão do nascimento. E imediatamente retomou o seu caminho, começou a caminhar rapidamente e com impaciência, já não em direcção a casa, já não para junto de seu pai, já não de regresso."

in "Siddartha" de Hermann Hesse
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domingo, 12 de junho de 2011

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....os nossos silêncios...

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"Siddhartha permaneceu em pé, silencioso sob o sol ardente, ardendo em dores, ardendo com sede, e permaneceu em pé até não sentir mais dor ou sede. Permaneceu silencioso durante o tempo da chuva, a água escorrendo do seu cabelo para os seus ombros enregelados, para as suas ancas e pernas enregeladas e o penitente permaneceu de pé até que ombros e pernas não sentiram mais frio, até que se calaram, até que serenaram. Silenciosamente, agachou-se entre fileiras de espinhos, da pele ferida pingava o sangue, as chagas enchiam-se de pus e Siddharta continuou impassível, imóvel, até o sangue parar de correr, até o ardor desaparecer.
Siddhartha sentou-se direito e aprendeu a controlar a sua respiração, aprendeu a necessitar de menos ar, aprendeu a esquecer a respiração. Aprendeu, começando com a respiração, a acalmar o bater do coração, reduzir os seus batimentos, até estes se tornarem escassos e quase nulos.
Ensinado pelo mais velho dos samanas, Siddhartha praticou a anulação de si mesmo, praticou meditação, de acordo com as novas regras dos samanas. Uma garça voava por cima do bosque de bambu - e Siddhartha acolhia a garça na sua alma, voava sobre o bosque e sobre os montes, era uma garça, comia peixes, sofria a fome das garças, falava a lingua das garças, morria a morte das garças. Um chacal morto jazia na areia da margem e a alma de Siddhartha penetrava na sua carcaça, era um chacal morto, jazia na praia, inchava, fedia, apodrecia, era despedaçado pelas hienas, era esfolado pelos abutres, tornava-se esqueleto, tornava-se poeira, espalhava-se pelos campos. E a alma de Siddhartha regressava, morria, apodrecia, desfazia-se em pó, experimentava a embriaguez tumultuosa deste ciclo, esperava, com renovada sede, como um caçador no seu buraco, a maneira de escapar ao ciclo, o final das origens, o início da eternidade indolor. Matava os seus sentidos, matava as suas recordações, afastava-se do seu Eu sob mil formas diversas, era animal, era cadáver, era pedra, era madeira, era água, e acordava de todas as vezes, brilhavam o sol ou a lua, era novamente Eu, misturava-se com o ciclo, sentia sede, vencia a sede, sentia de novo a sede."

in "Siddharta" de Hermann Hesse




Este texto faz-me lembrar, por exemplo, a minha tia Olívia que trabalha com tanto sacrifício, pois tem uns tantos problemas de saúde derivados exactamente do excesso de trabalho e no entanto ausenta-se do próprio corpo para poder cumprir as suas tarefas. Como ela outros milhões de pessoas por todo o mundo. 
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sábado, 11 de junho de 2011

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hoje é um lindo dia!
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quarta-feira, 8 de junho de 2011

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caminho por aqui
 
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segunda-feira, 6 de junho de 2011

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"Há sempre ondas na água.
Ás vezes são ondas grandes, outras são ondas pequenas e por vezes são quase imperceptíveis."
Kabat-Zinn
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quarta-feira, 1 de junho de 2011



video os peixes
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.é careca

 
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