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domingo, 29 de julho de 2012
segunda-feira, 9 de julho de 2012
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"Se eu pudesse trincar a terra toda
e sentir-lhe o paladar,
e se a terra fosse uma coisa para trincar
seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de Sol,
e a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
naturalmente, como quem não estranha
que haja montanhas e planícies
e que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
na felicidade e na infelicidade,
sentir como quem olha,
pensar como quem anda,
e quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
e que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja..."
Alberto Caeiro
e sentir-lhe o paladar,
e se a terra fosse uma coisa para trincar
seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de Sol,
e a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
naturalmente, como quem não estranha
que haja montanhas e planícies
e que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
na felicidade e na infelicidade,
sentir como quem olha,
pensar como quem anda,
e quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
e que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja..."
Alberto Caeiro
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sábado, 7 de julho de 2012
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"Já alguma vez viram a espuma ou as bolhas de ar à superfície da
água? Algumas conseguem manter-se à superfície da corrente durante um
quarto de segundo, ou meio segundo, outras mantêm-se cerca de um minuto,
até que, por fim, desaparecem. Neste mundo, através do tempo e do
espaço, conseguirão vocês encontrar uma só coisa que não seja uma bolha
de ar? Conseguem?
Esta mão parece ser minha, aparenta ser sólida e
estável enquanto mantiver a sua própria forma, mas daqui a trinta anos
já não será minha. Não será uma mão, mas um minúsculo pedaço de terra,
de fumo ou de ossos. Mesmo os ossos não serão capazes de se manter como
ossos. Portanto, esta mão não é realmente minha, mas uma espécie de
bolha de ar à superfície de um rio que, constantemente, flui. Este corpo
inteiro, este edifício, esta cidade, este país, este universo e todos
vocês... tudo isto é como uma bolha de ar à superfície da corrente desse
mesmo rio. Não é? Não seremos?
Conseguem descobrir uma só pedra
que não seja efémera? Tudo se transforma, desaparece e, incessantemente,
nasce de novo, numa completa inter-relação com tudo e com todos os
seres. Em terminologia budista, chamamos a isto o "Vazio". Ao fim e ao
cabo, não conseguimos encontar nada que não seja uma bolha de ar."
"Folhas caiem, um novo rebento"
Hôgen Yamahata
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quinta-feira, 5 de julho de 2012
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