quarta-feira, 26 de agosto de 2009

estou a tratar o cotovelo duma senhora surda e muda e parece-me que nunca tive tanta vontade de conversar como sinto quando estou com ela.

domingo, 23 de agosto de 2009

rosa














"Meditação sobre a gratidão
Sente-se ou deite-se em posição confortável. Concentre a atenção na respiração, acompanhando a inspiração e a expiração para dentro e para fora do corpo. Tome consciência do seu ventre subindo e descendo. Vá-se soltando a cada expiração. Dirija a respiração para os locais do corpo onde haja cansaço ou tensão, para que eles se desfaçam com a expiração. Deixe os pensamentos se dispersarem e volte suavemente a concentrar-se em sua respiração. Agora, tome consciência das suas capacidades físicas. Imagine a sua respiração fluindo para cada parte de seu corpo, uma de cada vez, e envie a sua gratidão, junto com o ar inspirado, para esses pontos. Respire nos seus pés e pernas, levando gratidão pela forma que têm, as sensações que lhe dão, a destreza que, apesar de lhe parecer tão natural, é um dom. Respire nas suas mãos, consciente de tudo o que elas fazem todos os dias. Respire nas partes do seu corpo que lhe dão prazer, as que você toca ou deixa que sejam tocadas pelo outro, que lhe oferecem o gosto, o aroma, a imagem ou o som daquilo que lhe traz prazer. Respire sua gratidão nesses lugares, um de cada vez. Respire nos órgãos internos que o mantêm vivo — o coração que bate firmemente, os pulmões que reabastecem seu corpo, eliminando as toxinas, inspirando o oxigénio que gera vida. Lembre-se dos órgãos digestivos que nutrem e fortalecem seu corpo, sem que ao menos pense neles, respirando neles sua gratidão. Respire no seu rosto, tomando consciência dos ossos, dos músculos, da pele, sentindo a forma pela qual seu rosto é conhecido. Aprecie a beleza que há nele, tome posse das histórias de vida contadas pelas linhas e rugas, pelo formato, textura e cor da pele do rosto. Agora, deixe a sua mente lembrar-se das partes do corpo que critica, as partes que não são como queria que fossem, e as partes doentes ou incapacitadas. Respire-as levando-as até o coração, demonstrando reconhecimento pelo facto de serem também parte de você.
Direccione agora a sua atenção para tudo que esteja perto de si. Mantendo parte da atenção na respiração, inspire o que existe de belo ao seu redor e expire sua gratidão por essa beleza. Inspire a cor, a temperatura, as formas em torno de si — as agradáveis e as mais difíceis de serem apreciadas. Expire gratidão pela variedade, pelo tempo e espaço que teve para fazer essa meditação. Pense nas pessoas que fizeram ou fazem parte de sua vida — no passado e no presente. Inspire a essência do que elas lhe ofereceram — o que foi fácil e o que foi difícil. Expire sua gratidão por elas. Quando acabar, volte de novo a atenção para a respiração, no movimento do ar para dentro e para fora do corpo, movimentando os dedos dos pés e das mãos, oferecendo uma oração de gratidão pela vida e por estar plenamente presente."

Oriah Mountain Dreamer

sábado, 22 de agosto de 2009

já percebi que há pessoas (nós) (eu) que não querem resolver os seus problemas e tratar as suas maleitas.
Já percebi que alimentam as suas vivências desses males que assolam as as suas vidas.
Já percebi que até as crianças que achamos que são os seres mais puros também já absorveram e são capazes das maldades que estão muito disfarçadas atrás das carinhas de anjo que as coisas pequenas, novas e fofinhas têm.
Já percebi que certas atitudes mascaram carências profundas, casulos de protecção que construimos à nossa volta.
Já percebi que nos sentimos bem às vezes por curar as pessoas porque estamos a alimentar o nosso ego de super heróis salvadores da humanidade.
Aquele: "tu és forte" são palavras que nos obrigam a ser fortes quando o que nos apetece é chorar e deixar desabar as coisas.
Deixa-me chorar em paz!
Passei, nestes dois meses por dois momentos muito tristes.
Ainda bem que passei. Ninguém mos tirou. Na tristeza sentimos o coração apertado, mas também sentimos a honra de nos sentirmos, a honra de nos apercebermos dos sentimentos. Percebemos a importância das coisas na nossa vida.
Percebemos a importância de agirmos pelo nosso coração, aí a tristeza não é de remorso e arrependimento, é a tristeza do desprendimento, do que foi e não volta a vir.

E a importância de cultivar a estima por nós próprios e pelos outros.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Hoje tive saudades da chuva e encontrei este Vídeo
no Monja Isshin

quarta-feira, 19 de agosto de 2009







terça-feira, 18 de agosto de 2009

Hoje fiz uma massagem nos cotos dos dois membros inferiores amputados dum senhor que é diabético e faz hemodiálise.
O senhor diz que sente ainda as dores dos joelhos e dos pés, inclusive das unhas encravadas, mas já não os tem.


E a vontade de viver apesar das dificuldades...

E nós, assim sem pernas... já para não falar das outras complicações que tem...
podíamos ser nós...

Bem Hajas, minha Natureza, que permites ao meu coração esta honra de tocar as pessoas!
Obrigada, senhor Luís!

domingo, 16 de agosto de 2009





Arrajámos máquinas para semear, máquinas para colher, tratar, embalar e armazenar, mas ainda é só o homem que faz o trabalho de podar.
Escolher o melhor ramo com a finalidade de produzir mais e melhor.
É o único que põe um objectivo no desenvolvimento, diferente da sobrevivência, com intenção de lucro.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

outras margaridas e outros amores-perfeitos






terça-feira, 11 de agosto de 2009

a margarida e os amores-perfeitos












segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Agora trabalho muito com o tempo contado.
Dois minutos é uma eternidade, dá para fazer imensas coisas.
É fantástico como o meu ritmo acelera.
Dantes fazia uma massagem a um corpo inteiro em duas horas, hoje despacho-me em meia hora, três quartos de hora.
É fantástica esta diferença. E mudou tudo em dois meses de trabalho numa clínica de fisioterapia.
É fantástico como o sistema mudou a minha massagem.

É bom ter a percepção do sistema, mas o sistema não é bom.
É fantástico ter a percepção da mudança, mas não sei se a mudança é boa.
Assim como nos agarramos ao sistema, é possivel que o consigamos largar.
Às vezes vou acelerada para ir para o trabalho e encontro uns tantos condutores que vão em velocidade de passeio a bloquear a minha pressa.
Penso: tenho que ir mais devagar, com calma. Eles não me estão a atrasar, eu vou no tempo certo. Se os encontro é porque fazem parte da minha hora certa.
Ou posso pensar: eles estão aqui para testar a minha capacidade como condutora e controladora do meu tempo, por isso testam a minha capacidade de os ultrapassar para cumprir com a minha vontade.
Como é que eu sei o que é correcto?... se é que há uma decisão correcta...
Dizia Raúl Solnado acerca do seu próprio enterro:
"gostava que o meu epitáfio dissesse:
Aqui jaz Raúl Solnado muito contra a sua vontade!"

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A realidade é aquilo em que acreditamos que é;
é aquilo que deres a conhecer ao teu cérebro e ele aprender.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

hoje mergulhei-me (só tinha água até cobrir as orelhas, deitada) na banheira, fechei os olhos e imaginei-me a flutuar no espaço escuro, entre as Estrelas, lado a lado com o seu cintilar luminoso.
E já imaginei a marquesa onde trabalhar sobre uma imagem dum céu noturno estrelado para que as pessoas que nela se deitassem para que as massajasse, antes de fecharem os olhos para descansar, se vissem no meio do espaço.
Vou tentar isso no meu centro de terapias no Alentejo. E à noite, convidar um astrónomo para dar a conhecer as constelações em noite de céu limpo.

sou aquilo que sou e não existe mais nada para além do que sou aqui e agora, neste momento.
O além do passado e o além do futuro são todas as coisas do que não sou agora e aqui.
Porque há de ser o que vier depois o melhor que o que sou agora...
porque há de ser o que foi de antes melhor do que o que sou agora...
porque é que se procura outra coisa para além do que o que sou agora...
porque é que procura ser maior do que o que sou agora...
porque não sou suficientemente o que sou agora...

porque é uma questão que não se põe, implica um antes e um depois diferente do que o que sou agora e isso não interessa para nada. O que sou agora é um pedaço do processo do que fui e do que serei. Indefínivel, incalculável, improvável, indeterminável, em todos os sítios diferentes do que sou agora.
A mim basta-me este infinito Universo do que sou aqui e agora.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Acho as Flores Fantásticas maravilhas do Mundo e às vezes tiro umas fotografias engraçadas, mas agora descobri este album


Reiko Bando: Holy Water
46 x 143 inches, mineral pigments on paper



segunda-feira, 3 de agosto de 2009