sexta-feira, 7 de maio de 2010

continuação...

"Eterna nostalgia encarnada em erva e árvore.
(...)

Algumas delas, escondendo o céu azul com um milhão de folhas,
desenvolveram um tronco velho e gordol
penetrantemente cuidando das inúmeras vagas
de três mil anos de história humana.

Outras suportaram o peso de neve e nuvens
e curvaram-se para o chão profundamente,
enquanto outras ainda sofreram incessantemente vento marítimo
durante toda a sua vida,
e têm agora troncos retorcidos inclinados.

No entanto, todas a seu modo tocam o céu
em resposta à luz do sol.
Oh, Terra Mãe!
Ah, todos os rebentos!
Infindavelmente nascendo desta morada nativa sem fundo,
a nossa única-e-mesma mãe.

Árvores,
não mudam a sua original não-mente cósmica
até ao fim,
mesmo que sequem pelo caminho.
Canções das árvores, voz da terra."

in "Folhas caem, um novo rebento"

3 comentários:

Baila sem peso disse...

e "as árvores morrem de pé!"
num crescente sempre querendo a Mãe
tocam o céu azul como lhes convém
desde a raiz na escuridão quente
até romperem no seu ventre...
e viverem em ciclos sem porém...

(estou sempre carragadinha de dúvidas
mas a Natureza não me parece que as tenha...)
Beijito e bom fim-de-semana

poetaeusou . . . disse...

*
mistérios da Mãe-Gaia,
a nossa Deusa-Terra.
,
rebentos de iodo, deixo,
,
*

Vítor disse...

O corpo humano como microcosmo tem a nucleo de cristal da terra na area sexual, o magma na área digestiva, a fina biosfera como o coração, o céu como a mente, e o universo como consciencia expandida.