sábado, 2 de dezembro de 2006

ontem, ao adormer,
ouvi,
pensei,
imaginei
a chuva a cair no telhado,
a descer pelo telhado, a cair do beiral no ar,
a descer pelos degraus das escadas, para o quintal e até à estrada,
a juntar-se às outras águas dos outros telhados das casas da vizinhança
e a descer em regato junto ao passeio até à estrada principal, fazía a curva ali à esquina,
em baixo, e depois, já em largura de uma ribeira a descer a estrada principal, até se espraiar lá em baixo
no jardim principal da cidade, e em cascata encontrar-se com o rio, o Almonda. o rio com toda a água de todos os jardins desde a sua nascente, vai cheio, vai com uma velocidade de quem está com muita pressa para chegar a algum lado,
e de tanto volume, vai imensamente embalado, por essas terras abaixo até se espraiar no rio maior,
o Tejo, que também está muito crescido e já se alargou pelas terras ribeirinhas,
leva tanta água, que viajava nas nuvens, outro dia,
e depois caiu do céu para o meu telhado
e para os telhados da vizinhança
já passou por tão grande área,
esta água que corre
para
o
Mar. a.mar


hoje o saco com as alfaces, a salsa e or agriões que trouxe do mercado trazia um caracol.
deixei-o no relvado do intermarché, onde fui buscar o pão caseiro de Ourém, que é uma delícia, estaladiço, com manteiga.
espero que o caracol se adapte bem ao seu novo terreno. mudar implica muito trabalho e tempo de ajustamentos.

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