quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

d "a insustentável leveza do ser"
"(...)Numa aula de trabalhos prácticos de física, qualquer aluno pode fazer uma experiência para confirmar uma dada hipótese científica. Mas o homem, porque só tem uma vida, não tem qualquer possibilidade de verificar as hipóteses através da experiência e nunca poderá saber se teve ou não razão em obedecer aos seus sentimentos. (...)
(...) Achamos todos impensável que o grande amor da nossa vida seja algo de leve, algo que não pesa nada; supomos que já estava escrito que o nosso amor tinha de ser o que é.(...)

(...)Fora portanto necessária toda uma série de seis acasos para fazer chegar Tomás até Tereza, como se, entregue a si próprio, nunca tivesse podido encontrá-la.
Regressara à Boémia por causa dela. Uma decisão tão fatal tinha a sua raiz num amor a tal ponto furtuito que nem sequer existiria se, há sete anos, o chefe do serviço não tivesse uma ciática.(...)


(...)As vertigens não são o medo de cair. É a voz do vazio por debaixo de nós que nos enfeitiça e atrai, o desejo de cair do qual, logo a seguir, nos protegemos com pavor.(...)
(...)Quem cai quer dizer:«Levanta-me!»"

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