quinta-feira, 30 de novembro de 2006

terça-feira, 28 de novembro de 2006

segunda-feira, 27 de novembro de 2006


4 Belezas da amada

1 Ah! Como és bela, minha amiga!
Como estás linda! Teus olhos são pombas,
por detrás do teu véu.
O teu cabelo é como um rebanho de cabras
que descem o monte Guilead;
2 os teus dentes são um rebanho de ovelhas,
a subir do banho, tosquiadas:
todas elas deram gémeos
e nenhuma ficou sem filhos.
3 Como fita escarlate são teus lábios
e o teu falar é encantador;
as tuas faces são metades de romã,
por detrás do teu véu.
4 O teu pescoço é como a torre de David
erguida para troféus:
dela pendem mil escudos,
tudo broquéis dos heróis.
5 Os teus dois seios são dois filhotes
gémeos de uma gazela
que se apascentam entre lírios,
6 antes que rebente o dia
e as sombras desapareçam.
Quero ir ao monte da mirra
e à colina do incenso.
7 Toda bela és tu, ó minha amada,
e em ti defeito não há.
8 Vem do Líbano, esposa,
vem do Líbano, aproxima-te.
Desce do cimo de Amaná,
do cume de Senir e do Hermom,
dos esconderijos dos leões,
das tocas dos leopardos.
9 Roubaste-me o coração, minha irmã e minha noiva,
roubaste-me o coração com um dos teus olhares,
com uma só conta do teu colar.
10 Como são doces as tuas carícias, minha irmã e minha noiva!
Muito melhores que o vinho são as tuas carícias;
mais forte que todos os odores
é a fragrância dos teus perfumes.
11 Os teus lábios destilam doçura, ó minha noiva;
há mel e leite sob a tua língua,
e o aroma dos teus vestidos
é como o aroma do Líbano.

12 És como um jardim fechado, minha irmã e minha esposa,
um jardim fechado, uma fonte selada.
13 Os teus rebentos são um pomar de romãzeiras
com frutos deliciosos,
com alfenas e nardos,
14 nardo e açafrão, cálamo e canela,
com toda a espécie de árvores de incenso,
mirra e aloés,
com todos os bálsamos escolhidos.
15 És fonte de jardim, nascente de água viva
que jorra desde o Líbano.

Ela
16 Levanta-te, vento Norte;
vem vento do Sul;
vem soprar no meu jardim.
Que se espalhem os seus perfumes.
O meu amado entrará no seu jardim
e comerá os seus frutos deliciosos.”

Bíblia, o Livro dos livros
Grandes Poemas
O Cântico dos cânticos

sábado, 25 de novembro de 2006

campos de visão


o campo de visão do olho direito com o olho esquerdo fechado tem a forma de um coração deitado.
o coração a descansar, vê metade do que devia ver.
um coração de luz é metade da luz necessária, é conveniente ter outro para completar.
o visionador só com um olho, só uma visão, campo de luz/informação incompleto porque só tem um coração para ver as coisas.


o campo de visão dos dois olhos abertos tem a forma de uma boca.
deve ser por isso que dizem que os olhos falam, que um olhar diz tudo.
campo de visão/informação mais completo.
a boca por onde entra todo o tipo de alimentos, se respira e se fala (envia vibrações interiores para o espaço).
o visionador com os dois olhos abertos deixa de ter a barreira do nariz e o campo de visão inclui tudo o que será necessário ver; o que está à frente definido, o que passa ao lado esbatido, e o que está para trás invisível (a ter em conta, mas sem interferir no campo de entrada da luz para dentro de nós).

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

campanha Free Hugs




para onde me levas coração?

"O fogo


Não ardesse no Sol e a vida seria muito problemática na Terra. No Sol arde hidrogénio. Sem oxigénio. Mas com a pressão no interior do Sol, átomos de hidrogénio são esmagados uns contra os outros. De cada vez que se unem e fazem hélio há um bocado dos dois átomos de hidrogénio que é transformado em energia. É essa energia que, à distância de oito minutos de luz, torna a vida possível.
O Sol arde. Arde e produz hélio. Noutras estrelas, hélio é posto a arder e faz o próximo elemento da tabela de Mendeleyev. O fogo das estrelas produz então todos os elementos com que se faz a química do Universo. É no fogo que se molda a base atómica do mundo. É do fogo que nasce a radiação que permite a existência de vida. Claro que vida só à distância. Porque perto, o fogo, fonte de vida, não tolera a vida. No interior do Sol com a pressão de milhões de atmosferas e uma temperatura de um milhão de graus dá-se o paradoxo do fogo.
Nele nada vive. Sem ele, lá longe não haveria vida. No fogo há uma grande concentração de átomos, ao mesmo tempo que todos os átomos são sujeitos a uma enorme agitação.
No fogo não há a calma que a vida requer. No fogo tudo se passa tão depressa e com tanta intensidade que dizemos estar a uma temperatura elevada. Até a cor do fogo depende da temperatura. Se a temperatura no fogo for de cinco mil e quinhentos graus a cor é a da periferia do Sol. É a cor da luz da praia. Os nossos olhos vêem-na amarela. Aí pelos mil e quinhentos graus vem a cor avermelhada na labareda da chama. Nós, a trinta e seis graus e meio, não somos visíveis sem estar iluminados, mas estamos em permanência a radiar, em média, cem watts no infravermelho longínquo. Nós somos autênticos faróis para quem visse de oito a doze microns. Ardemos a baixa temperatura. Consumimo-nos, se não houver acelerações provocadas por doenças, em cento e vinte anos terrestres.
Ardemos a fogo lento: não levamos a vida a seja o que for. Reproduzimo-nos e multiplicamo-nos porque lá longe uma estrela consome-se a fogo rápido e envia-nos a luz da vida. No calor da vida somos fogo fátuo. Sabemos fazer fogo, mas ainda não o da vida. A nossa evolução pode até ser medida pela temperatura a que conseguimos fazer fogo. Há uns milhares de anos conseguimos fazer fogo a uma temperatura de algumas centenas de graus e cozemos o barro. Aconteceu a idade da cerâmica. Cerca de um milhar de graus e foi a idade do cobre. Mais alguma temperatura na fornalha e foi a do bronze. Mil e quinhentos graus e apareceu a metalurgia do ferro. Hoje somos capazes de manter fornos a dois mil e quinhentos graus. Fundimos a areia, fazemos a metalurgia da sílica. Vivemos na idade do silício. Do silício das comunicações, da electrónica, etc. por enquanto no calor da vida em todos os verões ateamos fogo a outra vida. Plantamos fogo nos lenhos das árvores. A labareda que lhes acaricia o exterior destrói a vida que se agarrou aos lenhos no começo da Primavera. Sem nos darmos conta, este fogo de mil e poucos graus que devasta as nossas florestas é uma traição ao Sol que nos dá a luz da vida. É que nos lenhos que fazem a estrutura da arquitectura das árvores penduram-se as antenas que a vida constrói para comunicar com o Sol. Vejam a geometria da arrumação das nervuras numa folha, reparem nas agulhas dos pinheiros. Apercebam-se da semelhança com as nossas antenas de rádio, de televisão, dos telemóveis, enfim do espectro electromagnético de que a luz partilha a natureza. As folhas das plantas são as antenas da vida que captam a mensagem que vem do Sol: crescei e multiplicai-vos. As folhas são as antenas que captam a energia que torna possível toda a vida no Planeta.
De cada vez que arde uma floresta, por cada vez que a chama do fogo enegrece, contorce, encarquilha e destrói uma folha, o fluxo da vida que partiu dos átomos de hidrogénio que se fundem no interior do Sol é interrompido. Por cada vez que uma folha deixa de olhar para o Sol quebra-se a aliança da vida entre a sua fonte e a sua existência. Por cada vez que tal acontece não arde e morre uma floresta. Perdemos um módulo de instruções para viver. Acabamos com o receptor da vida.
É que nós sabemos fazer antenas para quase tudo, mas só as árvores sabem fazer as antenas para a vida.”

Fernando Carvalho Rodrigues
“Convoquem a alma”

quarta-feira, 22 de novembro de 2006



3
Sonhos de amor

Ela
1 No meu leito, toda a noite,
procurei aquele que o meu coração ama;
procurei-o e não o encontrei.
2 Vou levantar-me e dar voltas pela cidade:
pelas praças e pelas ruas, procurarei aquele que o meu coração ama.
Procurei-o e não o encontrei.
3 Encontraram-me os guardas que fazem ronda pela cidade:
“Vistes aquele que o meu coração ama?”
4 Mal me apartei deles, logo encontrei
aquele que o meu coração ama.
Abracei-o e não o largarei
até fazê-lo entrar na casa de minha mãe,
no quarto daquela que me gerou.

5 Eu vos conjuro, mulheres de Jerusalém,
pelas gazelas ou pelas corças do campo:
não despertei nem perturbeis
o meu amor, até que ele queira.

6 Que é isto que sobe o deserto
como colunas de fumo,
exalando aroma a mirra e incenso
e todos os perfumes dos mercadores?
7 Eis a sua liteira, a de Salomão!
Sessenta soldados a escoltam,
dos mais briosos de Israel,
8 todos cingidos de espada,
experimentados no combate.
Cada um tem à cintura a sua espada,
sem temor dos perigos da noite.
9 Um dossel fez para si o rei,
Salomão, com madeiras do Líbano:
10 fez de prata os seus pilares
e o encosto, de ouro;
o seu assento é de púrpura,
o seu interior, incrustado com amor
pelas mulheres de Jerusalém.
11 Saí, mulheres de Sião, e admirai
o rei Salomão com o diadema
com que coroou sua mãe
no dia do seu casamento,
no dia de festa do seu coração.


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o livro dos livros
grandes poemas
o cântico dos cânticos

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Gotan Project - Diferente

segunda-feira, 20 de novembro de 2006


o verde do meu jardim foi atacado por uma quantidade de lagartas.

fico sem verde,
mas tenho lagartas para o melro e para a toutinegra e
com um bocado de sorte tenho borboletas daqui a um tempo
indicando que o nosso jardim é um bom ambiente para respirar
e para viverem borboletas.


domingo, 19 de novembro de 2006

são rosas, senhor,




SÃO ROSAS
QUE BAILAM
A MEU VER

sexta-feira, 17 de novembro de 2006


"o beijo desperta o desejo", disse a avó.

o que seria este nosso mundo sem as histórias mitológicas
como a da branca de neve e da maçã da eva?

quarta-feira, 15 de novembro de 2006


Vem o amado

1 Eu sou o narciso de Saron,
eu sou o lírio dos vales.

Ele
2 Tal como um lírio entre os cardos
É a minha amada entre os jovens.

Ela
3 Tal como a macieira entre as árvores na floresta
é o meu amado entre os jovens.
Anseio sentar-me à sua sombra,
que o seu fruto é doce na minha boca.
4 Leve-me para a sala do banquete,
e se erga diante de mim a sua bandeira do amor.
5 Sustentem-se com bolos de passas,
Fortaleçam-me com maçãs,
Porque eu desfaleço de amor.
6 Por baixo da minha cabeça ele põe a mão esquerda
e abraça-me com a mão direita.
7 Eu vos conjuro, mulheres de Jerusalém,
Pelas gazelas ou pelas corças do monte:
não desperteis nem perturbeis
o meu amor, até que ele queira.
8 A voz de meu amado! Ei-lo que chega,
correndo pelos montes,
saltando sobre as colinas.
9 O meu amado é semelhante a um gamo
ou a um filhote de gazela
Ei-lo que espera,
por detrás do nosso muro,
olhando pelas janelas,
espreitando pelas frinchas.
10 Fala o meu amado e diz-me:

Ele
Levanta-te? Anda, vem daí,
ó minha bela amada!
11 Eis que o Inverno já passou,
a chuva parou e foi-se embora;
12 despontam as flores na terra,
chegou o tempo das canções,
e a voz da rola
já se ouve na terra;
13 a figueira faz brotar os seus figos
e as vinhas floridas exalam perfume.
Levanta-te! Anda, vem daí,
ó minha bela amada!
14 Minha pomba, nas fendas do rochedo,
no escondido dos penhascos,
deixa-me ver o teu rosto,
deixa-me ouvir a tua voz.
Pois a tua voz é doce
e o teu rosto, encantador.
15 Agarrai-nos as raposas,
essas raposas pequenas
que devastam as vinhas,
as nossa vinhas já floridas.

Ela
16 O meu amado é para mim e eu para ele,
ele é o pastor entre os lírios,
17 até que rebente o dia
e as sombras desapareçam.
Volta, meu amado, e sê como um gamo
ou um filhote de gazela
pelas quebradas dos montes.


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grandes poemas
o cântico dos cânticos

Estão todos convidados para a inauguração da Exposição Colectiva que a Galeria das Salgadeiras vai realizar, dia 18 de Novembro a partir das19h. Tragam os amigos e a família são todos bem vindos.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

são rosas, meu senhor. São rosas.

mais erros

mais erros

domingo, 12 de novembro de 2006

ponte para os sonhos coração

"Cântico I
1
O anel da Esposa
1 Cântico dos cânticos, de Salomão.
2 Ah! Beija-me com ósculos da tua boca!
Porque os teus amores são melhores que o vinho,
3 e suave é a fragrância dos teus perfumes;
o etu nome é como perfume derramado:
Por isso te amam as donzelas.
4 Leva-me atrás de ti. Corramos!
O rei introduziu-me nos seus aposentos.
Exultaremos e nos alegraremos em ti.
Cantaremos os teus amores mais suaves que o vinho.

Quanta razão há para te amar.

A esposa
5 Sou morena, mas formosa,
mulheres de Jerusalém,
como tendas de Quedar,
como os tecidos de Salomão.
6 Não estranheis eu ser morena:
foi o Sol que me queimou.
Comigo se indignaram os filhos de minha mãe, poseram-me de guarda às vinhas;
e a minha própria vinha não guardei.
7 Avisa-me tu amado do meu coração:
para onde levas o rebanho a apascentar?
Onde o recolhes ao meio-dia?
Que eu não tenha de vaguear oculta,
atrás dos rebanhos dos teus companheiros.

O Esposo

8 Se não tens disso conhecimento,
ó mais bela das mulheres,
sai no encalço do rebanho
e apascenta as tuas cabrinhas
junto às cabanas dos pastores.
9 A uma égua entre os carros do faraó
eu te comparo, ó minha amiga.
10 Formosas são tuas faces entre os brincos,
e o teu pescoço com os colares!
11 Para ti faremos arrecadas de ouro
com incrustações de prata.

A Esposa
12 Enquanto o rei está no seu divã,
o meu nardo dá o seu perfume.
13 Uma bolsinha de mirra é o meu amado para mim,
que repousa entre os meus seios;
14 um cacho de alfena é o meu amado para mim,
das vinhas de En-Guédi.

O Esposo
15 Ah! Como és bela, minha amiga!
Como são lindos os teus olhos de pomba!

A Esposa
16 Ah! Como é belo, o meu amado!
E como é doce,
como é verdejante o nosso leito!
17 Cedros são as vigas da nossa casa,
e os ciprestes, o nosso tecto."


Cântico dos cânticos

decoração de natal loja "intimidades - interiores"



estrelas no céu


princípio da decoração de Natal
da loja "intimidades"
do meu irmão e da minha cunhada

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Poderá o céu (onde todos nós queremos um lugar depois da morte) ser dentro da Terra?
Parece-me que é um lugar especial, fantástico, onde acontecem coisas maravilhosas: como nascerem plantas de sementes; crescerem árvores de folhas verdes de alimentos castanhos; explosões incandescentes que produzem montanhas.
É fantástico, depois da morte, depois que os nossos pulmões e cérebro não precisem respirar mais, ir habitar em tão admirável mundo, a Terra.

ponte_coração

Fabuloso destino o nosso no tempo que enferruja e favorece a erosão das ligações de amizade de metal precioso.
Bem de mim, um dia também me desfarei em pó...
o vento e a água levarão esse pó encosta abaixo, direito ao vale, onde de novo me unirei a outros pós, noutras ligações e, juntos, construiremos uma outra terra fértil e, quem sabe, uma outra montanha íngreme, por onde outras ligações de amizade de metal precioso feitas em pó de ferrugem escorrerão, num outro tempo diferente deste.
Existiam erros que me impediam de mandar novos postais