segunda-feira, 20 de abril de 2009

Estava a ouvir a professora de anatomia a falar da qualidade plástica do nosso cérebro que permite que reaprendamos funcões do nosso corpo em caso de lesões cerebrais e nervosas.
Algumas ligações nervosas são cortadas, mas o nosso cérebro pode ter a capacidade de encontrar outras ligações que permitam finalizar a acção de forma semelhante.
Ele normalmente encontra o caminho mais rápido para executar a tarefa, mas em caso de se abrir um buraco a meio do caminho, ele, estimulado, vai tentar arranjar outro caminho, contornar o buraco.

A professora de massagem estava a explicar as diferentes técnicas a aplicar perante músculos inactivos, músculos activos e músculos exercitados (pessoas que não fazem exercício, pessoas que fazem algum exercício regular e pessoas com muita actividade física).

E eu estava a pensar hoje de manhã:
ora, estamos a falar que cada músculo tem uma grande quantidade de ligações nervosas dele com a central principal que gere as informações e acções, cérebro (sem específicar mais porque não vale a pena para o caso) que o fazem movimentar-se.
Se é um músculo inactivo, só uma ínfima parte das ligações nervosas estão acordadas.
A maior parte das células estão a dormir no músculo, no caminho e no cérebro.
Porque é que nos dói o exercício neste caso?
Porque é preciso despertar todas as células pelo caminho.
Quanto é que nos custa acordar de manhã?
No caso do músculo exercitado, o caso é o contrário. Está tudo bem desperto.
Quase todas as ligações estão acordadas e o movimento não custa nada. As informações correm abaixo acima percurrendo as ligações a boa velocidade, nem há dor, porque não há atrito nem barreiras.

Então se todas a ligações estão mais despertas não admira que a nossa consciência, o nosso racicínio esteja mais claro.
Existe mais actividade eléctrica no nosso cérebro. Existem mais neurónios despertos. Existe maior número de neurónios activos nesse momento.

E depois existe outra coisa que é a atenção.
É que dizia-se então que os desportistas seriam mais inteligentes que outros e muitas vezes esse não é o caso.
Não é que eles não sejam inteligentes, todos temos a mesma inteligência. Só que dirigimos a nossa atenção para coisas diversas. E os desportistas dirigem-na para o músculo. Para o fim de atingir uma meta do esforço físico.
As células do cérebro são as mesmas, as que trabalham para o físico trabalham para o pensamento. Quando estão ocupadas com a fisicidade não vão ocupar-se do intelecto. Conseguimos a proeza de o fazer, porque temos milhões de células que trabalham a uma velocidade fantástica e têm um sentido de poupança energética enorme.
Daí a gente sentir a nossa mente desperta depois dum momento de Yoga, por esxemplo.
As posições põem todos os músculos despertos e respectivas ligações e central de distribuição.

Beijinhos, Bom Dia
e mexam os músculos para despertar os neurónios e melhorar o espaço de movimento para os pensamentos.

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