sexta-feira, 9 de abril de 2010

Afinal é a vontade de explodir em fogo de artifício,
 a força interior do pólen masculino que impele a flor a abrir...
E a flor é o lugar mais requintado, lindo e confortável que o pólen encontrou para guardar a sua força interior.
Quando ele precisa voar, avisa-a, ela pede ajuda ao Sol e abre.
Ela agradece que ele voe. Ela assim multiplica-se.
Multiplica-se em cuidados para ele. E embeleza o mundo!
a.mar


























































"O pólen está sempre a viajar.
Os Navajos tradicionais acreditam que o«curso do pólen» é o caminho entre os deuses e a humanidade. É a harmonia que deveria existir entre nós.

Eu vagueio pela casa da vida
No curso do pólen
Eu vagueio com um deus de nuvem
Para um lugar sagrado
Eu vagueio com um deus adiante
E um deus atrás
Eu vagueio na casa da vida
No curso do pólen

Caminhamos todos pelo curso do pólen. Respiramos todos nessa bela poeira masculina (e sofremos, alguns de nós, a reacção defensiva e surpresa do nosso corpo).
Uma planta paternal espalha um fino lençol de partículas de si mesma por sobre o habitat.
Flores, por todo o lado, apanham nuvens e caiem. As pontas carmesins da aveleira escondem-se, esperam e recebem. Os estigmas elaborados de erva penteiam o ar. A papoila prepara o festim. O grão de pólen salta extasiadamente de uma abelha.
Uma metade de qualquer coisa encontra a outra metade.
Destinado a partir, destinado à glória."
in "Anatomia de uma rosa" de Sharman Apt Russell

e conhecer outras flores aqui

2 comentários:

Baila sem peso disse...

"Uma metade de qualquer coisa
encontra outra metade"

A Mãe é soberana nessa vontade!

Como sempre as flores lindas
deixam aqui a beleza dessa verdade!

Bailo entre as pétalas
bordadas na beleza
que é força da Natureza...

a.mar disse...

Obrigada, bela Bailarina!