sexta-feira, 24 de abril de 2009




"(...) Aqueles cuja natureza está fixada não têm escapatória.
A Via do Universo é ora Yin ora Yang. O sistema dos homens prudentes é ora justiça ora humanidade. A natureza de um ser é ora dureza ora moleza. É assim que cada qual segue a sua natureza, sem escapatória. É por isso que existe o que engendra, o que forma, o que soa, o que colora, o que apimenta. Cada um desses existentes está submetido a um princípio que o faz agir. O que nasce é a morte, mas o princípio da vida é inerte. O que é formado é o fruto, mas o princípio da vida é impalpável. O que é soado é o som, mas o princípio do som é inaudível. O que é colorido é o ornamento, mas o princípio da cor é incolor. O que é apimentado é o sabor, mas o princípio do gosto é insípido. Cada um desses princípios é regido por uma inacção que pode produzir Yin, suave, curto, circular, vida, quente, profundo, agudo, aparecimento, azul, salgado, perfume e os seus contrários. Ignorante e impotente, essa inacção é omnisciente e omnipotente.(...)
tratado do vazio perfeito
Lie Tse"
Ao mesmo tempo que é Primavera aqui, é Outono na parte Sul do Planeta, há mesma hora nove daqui, é hora cinco noutro lugar. Ao mesmo tempo que é dia aqui, é noite noutra longitude. Ao mesmo tempo que uma coisa me está a dar prazer, pode estar a afectar negativamente o caminho da minha alma (embora este negativo seja também relativo, nada é negativo e nada é positivo absolutamente - o que é positivo é a acção, mas o princípio da acção positiva é inqualificável).

1 comentário:

Cris disse...

Entre o ser e o não ser, entre a nossa natureza e o inqualificável, vão-se desenhando mais uns pontos
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Deixei-te um pequeno mimo no blog.
Gosto de ti e gostar de ti faz parte da minha natureza *