segunda-feira, 26 de outubro de 2009



"Atirou o pó ao ar; ficou suspenso como uma nuvem escura durante um momento e, depois, a brisa levou-o.
- Considerai o que acabaste de ver - disse Buda. - O pó mantém a sua forma por um fugaz momento quando o atiro ao ar, tal como o corpo mantém a sua forma durante esta breve vida. Quando o vento o faz desaparecer, para onde vai o pó? Regressa à sua origem, a terra. No futuro, esse pó vai permitir que a erva cresça e vai entrar no veado que come a erva. O animal morre transforma-se em pó. Agora imaginai que o pó vem ter convosco e vos pergunta: «Quem sou eu?» Que lhe direis? O pó está vivo numa planta, mas está morto no caminho, sob os meus pés. Move-se num animal, mas está parado quando está enterrado nas entranhas da Terra. O pó abrange a vida e a morte ao mesmo tempo. Portanto, se responderdes à pergunta «Quem sou eu? » sem ser com uma resposta completa, cometereis um erro.
«Voltei para vos dizer que podeis ser completos, mas apenas se vos virdes dessa forma. Não há vida santa. Não há guerra entre o bem e o mal. Não existe pecado nem redenção. nada destas coisas interessa para o vosso verdadeiro eu.
(...) se a natureza está desperta em todo o lado para onde olhamos, os seres humanos merecem o mesmo. Despertar não deve ser uma luta.(...)
(...) Nunca ninguém venceu essa guerra. O bem opõe-se ao mal, tal como o Sol do Verão se opõe ao frio de Inverno, a luz à escuridão. Estão inseridos no esquema eterno da Natureza.(...)
Buda"

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