Quando escrevo aqui palavras ou publico imagens, na realidade, elas são luz no meu ecrã e códigos na linha telefónica, electricidade a circular.
É díficil imaginar o espaço que ocupam.
Dantes eram cartas, livros.
Hoje são textos perdidos no espaço a que eu acesso quando toco. É magia.
Dou-me conta que é magia.
A magia da transformação do toque no teclado segundo uma dada ordem para a simbologia do meu discurso a fim do passar para fora do meu pensamento.
É a magia de ele se transformar em luz no meu ecrã e magia de ficar guardado, sem se ver, sem ocupar espaço, até que eu lhe toque de novo e, de novo se faça luz.
Por algum motivo as pessoas falam cada vez menos e escrevem por meio de abreviaturas e as linguas misturam-se com muita facilidade. E as mensagens passaram a vir sempre no mesmo papel- o ecrã.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
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