domingo, 10 de maio de 2009

Lá ando eu a pintar paredes... muros...
Aquelas paredes são outra coisa diferente de paredes.
Aquelas paredes são construções de barreiras que nos fazem andar muito mais do que o que seria necessário se não as tivessemos construido.
Construímos. Pintamos com cor. Mudamos de cor.
Continua parede. Só se deixa ver a ela própria. À cor. Que nem é a verdadeira cor porque esta é relativa à luz que a ilumina e à máquina fotográfica (olhos+cérebro) que a está a captar.

Eu estou a pintar. Pensei:
-mas porque é que eu insisto em fazer um esforço tão grande, arranjo tendinites que o meu corpo tem dificuldade em se livrar e que alteram o seu funcionamento;
-até sou uma pessoa inteligente, tenho umas mãos muito boas na massagem (já lhes chamaram milagrosas)
e insisto em pintar paredes...
- longe de mim pensar que pintar paredes me diminui a inteligência, muito pelo contrário, enquanto pinto posso desenvolver todo o tipo de raciocínio e sei que nem sequer aquela parede opaca e barreira poderá ser barreira efectivamente para nada. O caminho dos meus pensamentos ultrapassa quaisquer supostas barreiras. Eu estar a pintar paredes ou a plantar flores ou a tirar fotografias, é exactamente igual. Portanto, não é necessário eu fazer um tão grande esforço e estar a massacrar o meu corpo e a arranjar-lhe problemas para se distrair a tratar.

O nosso cérebro não tem barreiras, não tem zonas absolutamente definidas nem absolutamente especializadas. O mesmo centro que coordena a actividade das visceras, coordena emoções, o apetite, o balanço de água no corpo, o sono, o comportamento sexual e a temperatura corporal, entre outras, como o sistema endócrino, as hormonas.
Temos tanto a aprender com ele.

video Pink Floyd - Another Brick In The Wall(Live)

Eu penso também na tríade de corpo, mente e espírito

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