quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

OM MANI PADME HUNG


"Conhecido como o Mani, é o mantra do Bodhisattva Avalokiteshvara da Suprema Compaixão, que toma a forma do Senhor Chensering na Mongólia e no Tibete, e da bela Kuan Yin (Kannon) na China (e no Japão). O Avalokiteshvara é conhecido pelos sábios não tanto como deus ou deusa, mas como a encarnação mental de uma força abstracta demais para ser descrita de outra forma que não acrescenta nem diminui a força do mantra. Aquilo que para os seres não-instruídos é uma divindade adorada revela-se igualmente, para todos, uma poderosa fonte de inspiração; pois Avalokiteshvara, quer seja considerado como um ser de existência própria ou como criação mental dos devotos, personifica a tremenda força da compaixão, que distribui imparcialmente entre todos os seres sensíveis.(...)

(...)Antes de se levantar, não se deve esquecer de realizar o acto mental de dedicar o mérito resultante da sua práctica ao bem-estar de todos os seres, pois esta é a conclusão essencial de todas as prácticas e rituais iogues.

Um método popular de usar o Mani é o de gerar compaixão para com todos os seres do Universo, dirigindo a mente para cada um dos seis estados de existência por sua vez, enquanto se repete o mantra muito lentamente, talvez 21 ou 108 vezes; em resposta ao OM, raios brancos sobre o mundo dos devas; a Ma, raios verdes sobre o reino dos asuras (titãs); a NI, raios amarelos sobre o reino humano; a PAD, raios azuís sobre o reino dos animais; a ME, raios vermelhos sobre o reinado dos pretas (bocas ardentes); e a HUM, raios escuros e esfumaçados sobre os habitantes (criados pela mente) do inferno. As sílabas são visualizadas como se fossem evoluindo lentamente dentro do coração do Bodhisatva, cada qual irradiando seus raios na direcção certa.(...)

in "Mantras - palavras sagradas de poder" de John Blofeld

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